"André Silva não integra a comitiva da visita de Estado do Presidente da República, em coerência com as posições críticas que o PAN tem assumido em relação ao regime autoritário chinês, de partido único, onde são constantes as restrições à liberdade e a violação dos direitos humanos, num país onde não existe liberdade de imprensa", refere o PAN em nota enviada à Lusa.

O partido invoca também a "invasão e a violenta ocupação do Tibete pela China, marcada pela repressão, prisão, desaparecimentos, tortura e assassinatos infligidos ao povo tibetano".

Também o BE optou por não integrar a comitiva devido às "restrições à liberdade e violação dos direitos humanos" naquele país", justificou fonte oficial do partido, em resposta à agência Lusa.

Já na visita de Estado do Presidente da República Popular da China a Portugal, em dezembro de 2018, Bloco de Esquerda e PAN ficaram de fora da receção diplomática.

"As posições do Bloco de Esquerda mantêm-se, nada mudou desde 2010, continua o desrespeito pelos direitos humanos e a repressão e, por isso, o Bloco não estará presente", disse na altura à Lusa fonte oficial do partido.

O BE já tinha adotado a mesma posição em 2010, quando o anterior Presidente da China, Hu Jintao, visitou Portugal.

O Presidente da República vai viajar na quinta-feira para a China, onde ficará seis dias, até ao 1.º de Maio, para participar na segunda edição do fórum "Faixa e Rota", iniciativa chinesa de investimento em infraestruturas, e depois para uma visita de Estado, a convite do seu homólogo, Xi Jinping.

Na sua visita à República Popular da China, Marcelo Rebelo de Sousa estará acompanhado por uma delegação parlamentar composta pelos deputados Adão Silva, do PSD, Filipe Neto Brandão, do PS, Telmo Correia, do CDS-PP, pelo líder parlamentar do PCP, João Oliveira, e por Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes".

Pela parte do Governo, integram a comitiva oficial do chefe de Estado os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, e o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

LIL (IEL/HPG) // JPS

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