"A Nova Zelândia e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) têm vindo a trabalhar em conjunto em Timor-Leste para concretizar os direitos das crianças ao longo de vários anos, incluindo a criação de 104 pré-escolas comunitárias que beneficiam mais de 3.000 crianças em Ermera e Viqueque, e o apoio à reabertura de escolas no ano passado", começou por dizer o diplomata, citado num comunicado, divulgado na segunda-feira.

"Esta é uma continuação desse enfoque, para assegurar que as crianças estão seguras e recebem o apoio adequado durante a pandemia da covid-19 e as recentes inundações", concretizou o embaixador da Nova Zelândia em Timor-Leste, que anunciou o apoio em conjunto com o representante da Unicef em Díli, Bilal Aureng Zeb Durrani.

O financiamento da Nova Zelândia permitirá ao Fundo fornecer materiais educativos e de higiene para crianças em instalações isoladas e em quarentena obrigatória devido à covid-19, assim como a apoiar crianças em locais de acolhimento onde a imposição de vedações sanitárias teve como consequência a restrição à educação.

A doação será também utilizada na resposta às inundações, incluindo o apoio a espaços amigos das crianças, apoio psicossocial e acesso a atividades de aprendizagem, bem como água, saneamento e material de higiene.

"Ao longo do último ano, a Unicef tem prestado apoio ao Governo de Timor-Leste, tanto na prevenção e resposta à covid-19 como durante as recentes inundações, que aumentaram a pressão sobre as crianças, famílias e sistemas de resposta nacionais", recordou Bilal Durrani.

"Este apoio da Nova Zelândia ajudará a fornecer apoio humanitário às crianças e famílias num momento crítico para o país, quando milhares de pessoas continuam a permanecer em abrigos por não poderem regressar às casas danificadas pelas cheias, e quando os casos de covid-19 mostram uma subida recente", concluiu o responsável das Nações Unidas.

Além daquele apoio, a Nova Zelândia forneceu a Timor lanternas alimentadas a energia solar, pastilhas de purificação de água, bombas de água, kits de higiene familiar, geradores e bidões, assim como empregou esforços com a Unicef e em coordenação com o Ministério da Proteção Civil timorense para distribuir alimentos e bens de primeira necessidade às pessoas mais necessitadas.

Timor-Leste foi atingido entre os dias 29 de março e 4 de abril pelo ciclone Seroja, que causou inundações e deslizamentos de terras, com particular expressão na capital Díli e nas zonas baixas circundantes, e provocou pelo menos 36 mortos e uma dezena de desaparecidos.

Chuvas torrenciais e ventos causaram cheias repentinas históricas, que danificaram casas, terrenos agrícolas, e infraestruturas críticas, incluindo linhas elétricas e redes de comunicações, em oito municípios de Timor-Leste.

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