A OCHA denunciou ainda o ferimento de 441 palestinianos e nove israelitas, incluindo um membro das forças de segurança de Israel, nos incidentes na Cisjordânia ocupada, nas últimas três semanas.

A agência das Nações Unidas culpa as forças israelitas pela morte de 10 palestinianos, incluindo duas crianças e uma mulher, e pelos ferimentos em outras 26 pessoas devido ao uso de munições reais num ataque ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia.

"Este é o maior número de palestinianos mortos pelas forças israelitas numa única operação na Cisjordânia, desde que o OCHA começou a coligir dados de baixas, em 2005", reconheceu a agência da ONU.

A OCHA sublinhou que três dos mortos eram menores de idade - 16 e 17 anos -- que "não representavam nenhuma ameaça imediata".

Na operação em Jenin, as forças israelitas usaram gás lacrimogéneo e uma das granadas atingiu uma unidade pediátrica do Hospital de Jenin, obrigando à evacuação das instalações.

Após este incidente, em 27 de janeiro, um palestiniano matou seis israelitas, incluindo um menor, e um estrangeiro, na colónia judaica de Neve Yaakov, em Jerusalém Oriental.

Nove outros palestinianos, incluindo um menor, foram mortos em operações das forças de segurança israelitas na Cisjordânia, enquanto outros sete palestinianos foram mortos em ações das forças israelitas em postos de controlo de segurança militar perto de Ramallah, Qalqilia e Hebron.

As autoridades israelitas demoliram, confiscaram ou despejaram 88 prédios em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada, a maioria por falta de licenças "quase impossíveis de obter", segundo a OCHA.

As demolições deixaram 99 palestinianos sem abrigo - incluindo 54 menores - e afetaram outros 21.000 palestinianos.

No âmbito desta operação das forças de segurança israelitas, seis outros palestinianos foram hoje feridos num campo de refugiados na área de Jericó, na Cisjordânia ocupada, fazendo aumentar o balanço hoje divulgado pela agência da ONU.

Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, as forças israelitas "bloquearam o acesso dos serviços médicos" às vítimas.

Na versão do Exército israelita, a operação de hoje realizou-se com o objetivo de "deter várias pessoas suspeitas de participar em atividades terroristas".

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