O Ministério da Defesa russo anunciou, na rede social Telegram, que moradores de Lugansk saíram à rua para receber esses reservistas mobilizados, que foram treinados pelo Exército russo.

Anteriormente, o Ministério tinha informado que as pessoas mobilizadas pelo Kremlin, após concluírem o período de instrução e treino de combate, iniciariam uma das suas principais missões: controlar os territórios do leste da Ucrânia tomados por Moscovo.

Em 21 de setembro, Putin assinou um decreto que autoriza uma "mobilização parcial" na Rússia e o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, referiu que essa mobilização poderia atingir até 300.000 pessoas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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