O clube lombardo solicitou uma reunião à instância do controlo financeiro da UEFA, que decorreu em 09 de novembro, no sentido de negociar um acordo voluntário quanto às regras do fair-play, e após a mesma os lombardos obrigaram-se a enviar documentos e esclarecimentos suplementares.

Segundo fonte dos transalpinos, “o AC Milan recebeu um pedido da UEFA para o envio de documentos e explicações adicionais, com a data limite fixada até 08 de dezembro”.

“O clube, que não vê nisso um aviso negativo ou um veredicto, pretende responder rapidamente”, completou a fonte.

Segundo o porta-voz da UEFA, esta vai decidir “apenas e unicamente sobre o pedido de acordo voluntário negociado do AC Milan de agora até meio de dezembro”.

Se o pedido for recusado, o AC Milan pode esperar ainda um acordo negociado, mas em condições menos vantajosas, “nomeadamente em termos de objetivos financeiros a atingir, limitações nas transferências e número de jogadores que podem ser inscritos nas competições europeias”.

Se os italianos não aceitarem estas limitações, então o organismo da UEFA “pode impor medidas mais severas, incluindo, em última instância, a possibilidade de excluir o clube de competições europeias para uma ou mais épocas”, acrescentou a fonte.

Criado em 2010 e implementado no ano seguinte, o “fair play” financeiro visa melhorar a saúde financeira global do futebol europeu de clubes.

As equipas que se qualificam para as competições da UEFA têm de provar que não tem dívidas em atraso em relação a outros clubes, jogadores, segurança social e autoridades fiscais.

A partir de 2013 os clubes passaram a ter de respeitar uma gestão equilibrada, provando que não gastam mais do que ganham, restringindo a acumulação de dívidas.