A agência da ONU declarou que 14 camiões com quase 20o toneladas de alimentos aguardaram por três horas no posto de Wadi Gaza, sudeste do território, antes de serem rejeitados pelo Exército de Israel.

Essa foi a primeira tentativa de entrega de comida desde o último dia 20, quando o PMA interrompeu a distribuição de alimentos no norte da Faixa de Gaza devido "ao caos total e à violência", depois de outro comboio ter sido alvo de tiros e saques.

Depois dos camiões terem sido desviados, os veículos foram parados "por uma multidão desesperada, que saqueou os alimentos" e levou cerca de 200 toneladas, informou a agência.

O PMA diz explorar formas de levar alimentos para o norte da Faixa de Gaza, mas ressalva que as estradas são a única forma de transportar a grande quantidade necessária para evitar a fome.

Seis toneladas de alimentos, suficientes para 20 mil pessoas, foram lançadas mais cedo pelo ar, em cooperação com a Força Aérea da Jordânia, informou a agência. "Os lançamentos aéreos são o último recurso e não evitarão a fome", ressaltou o vice-diretor-executivo do PMA, Carl Skau.

A ONU estima que 2,2 dos 2,4 milhões de habitantes do território estão à beira da fome, principalmente no norte, onde as forças de Israel bloqueiam a entrada de ajuda.