“O ‘site’ vai aparecer com cara lavada, mesmo para o público em geral vai ser mais agradável, pois vai poder ver as coisas de forma diferente”, afirmou Teresa Marques sobre o novo portal, que permite o acesso a um arquivo de mais de 12 milhões de conteúdos, dos quais cerca de seis milhões de texto, o mesmo número de fotografias e aproximadamente 80 mil vídeos e 100 mil áudios.

“A expectativa maior é que de facto a Lusa como marca apareça reforçada, porque se há mais facilidade de aceder à nossa informação acho que só pode reforçar a agência e os seus trabalhadores”, salientou a presidente do Conselho de Administração, numa altura em que a agência de notícias comemora 30 anos de existência.

Teresa Marques salientou que o novo portal “vai ser uma montra” do que se produz na Lusa e que a maior facilidade de pesquisa irá permitir uma maior utilização dos conteúdos produzidos pela agência de notícias, como os vídeos.

“Há muitos vídeos que temos no ‘site’ que achamos que são de qualidade, informação importante, mas que por vezes não são utilizados. Acho que esta facilidade de ao pesquisar encontrar informação” vai permitir “uma tendência maior de se utilizar a informação que é disponibilizada pela Lusa”, sublinhou.

Além do novo ‘rosto’ e da facilidade de pesquisa, o portal permite explorar novos serviços, como os que ficarão disponíveis no ‘site’ da Lusa a partir de quinta-feira: a Carta de Portugal, a Agenda Financeira e o Info3E.

A Carta de Portugal é um serviço gratuito e geolocalizado, destinado a visitantes e subscritores, que disponibiliza informação sobre a região do país onde o utilizador se encontra, fornecendo dados estatísticos, história e política dos concelhos, incluindo fotografias e agenda de eventos.

A Agenda Financeira disponibiliza o calendário económico e financeiro de empresas e entidades nacionais e internacionais, em que se inclui informação sobre datas de divulgação de dados macroeconómicos ou de assembleias-gerais, e o Info3E é dedicado à informação Económica e Estratégica Empresarial.

Teresa Marques adiantou que os clientes “podem, sobretudo, esperar um ‘site’ mais fácil de utilizar, em que o nível de pesquisa é maior, em que o nível de agregação de informação é muito mais fácil”.

Os jornalistas dos outros órgãos de comunicação social (clientes da Lusa) “vão ficar entusiasmados com as várias coisas que podem ir vendo”, disse Teresa Marques.

“Sendo positivo nesse aspeto, também do ponto de vista comercial acho que vamos conseguir ainda outro tipo de vendas, nomeadamente aquilo a que chamamos avulsos, porque hoje em dia as pessoas – os media – que olham para o nosso ‘site’ não têm uma panorâmica tão grande de tudo aquilo que é lá produzido”, referiu.

“As pessoas vão ter muito mais acesso porque é tão fácil que as coisas acabam por acontecer umas com as outras. Acho que isso vai ser uma grande diferença para os nossos clientes”, disse, considerando este aspeto “muito positivo”.

Teresa Marques recordou que quando chegou à presidência da Lusa, em 2015, “o ‘site’ estava antigo, não só em termos de imagem, mas também em termos de utilização para o cliente”.

Era “um ‘site’ que já não era mexido há dez anos e como nós sabemos, do ponto de vista digital, dez anos é muito tempo”, explicou.

“À medida que o tempo foi passando, a preocupação – e até em algumas reuniões que tive com clientes – ia sendo cada vez maior no sentido de os clientes poderem utilizar o ‘site’ de uma forma mais rápida e ter acesso fácil a toda a informação aí disponível”, disse a gestora como uma das razões para avançar para o novo portal.

Entretanto, a Lusa candidatou-se a um projeto da Google, no âmbito do Digital News Initiative (DNI).

“Ganhámos com um projeto que se chama ‘Portuguese News Hub’ e, portanto, aí já tínhamos, além da vontade, o financiamento”, salientou.

O facto de haver prazos a cumprir “muito bem estipulados” também ajudou a agência noticiosa a sair da sua rotina e a dizer: “temos mesmo que fazer isto, queremos fazer, mas vamos fazer e cumprir”, referiu.

“E foi o que aconteceu, o ‘site’ é lançado no dia 02 de novembro [quinta-feira]. Acho que responde a todas as expectativas que nós tínhamos pensado que eram importantes”, sublinhou.

Sobre o investimento, a presidente do Conselho de Administração da Lusa disse que o projeto total ascende a 400 mil euros, “dos quais 70%, portanto 280 mil [euros] são pagos pela Google”.

“Pagos se nós cumprirmos, e nós cumprimos”, concluiu Teresa Marques.

A Lusa inaugurou o seu serviço noticioso em 01 de janeiro de 1987, e conta atualmente com mais de 200 trabalhadores, maioritariamente jornalistas, com correspondentes em todo o território nacional e em vários países, incluindo os de língua oficial portuguesa.