Por altura do rebentamento a chefe dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior, explicou ao jornal local Comércio & Notícias, que as operações foram dificultadas pela falta de equipamento: "Nós não temos equipamento que consiga tirar aquela água que tem aí meio metro de altura, as nossas bombas não têm capacidade para isso, daí ter sido solicitado o apoio dos Serviços Municipalizados da Câmara de Rio Maior e neste momento vamos tentar colocar uma bomba elétrica a trabalhar para ver se conseguimos de alguma forma escoar a água, se não vão ter que ser feitos furos forçados na placa para fazer o escoamento da água”, frisou Célia Peralta. 

Hoje, o Centro de Saúde ainda não está a funcionar em pleno. Fonte do staff disse ao SAPO24 que o regresso a 100% está previsto para dia 1 de outubro, com um pequeno arranjo, feito pelo assistente operacional.Contudo, a mesma fonte manifestou outra preocupação com a água disponível para os doentes. Uma vez que a água que sai da torneira apresenta uma coloração acastanhada.

De acordo com esta fonte "os canos têm mais de 40 anos". Uma primeira análise à água, a que o SAPO24 teve acesso, revelou que se "desaconselha a sua utilização para consumo humano no local da colheita, até resultado conforme. Sugere-se o contacto com a entidade gestora no sentido de averiguar quais as causas da alteração". O SAPO24 sabe que foi feita uma contra-análise, mas ainda não há resultados.

De momento, no dia-a-dia logístico esta água serve apenas para "lavar batas" do staff do Centro de Saúde, mas, apesar do consumo humano ser desaconselhado o SAPO24 sabe que esta é a única água que os doentes têm disponível, havendo pais "que lavam as chuchas dos bebés". É de salientar que fonte do Centro de Saúde afirma não haver qualquer aviso a avisar para o perigo perto das torneiras, "só é oficial depois da contra-análise que ainda não saiu".

O SAPO24 contactou o Agrupamento dos Centros de Saúde da Lezíria do Tejo entidade responsável pelo Centro de Saúde de Rio Maior, e até à publicação deste artigo não obteve resposta.

*Artigo escrito pelo jornalista David Pacheco e editado pela jornalista Ana Maria Pimentel