“Confirmo de uma vez por todas que não serei candidato à Presidência da República”, declarou à imprensa Alain Juppé, 71 anos, adversário derrotado de François Fillon nas primárias da direita em novembro.
Juppé reconheceu que “é demasiado tarde” e que não encarna “a renovação” que os franceses exigem.
A declaração de Juppé, feita em Bordéus, onde é presidente da Câmara, acontece minutos depois de o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy ter proposto uma reunião a três com o candidato da direita ao Eliseu, François Fillon, e o próprio Juppé – o candidato derrotado nas primárias do partido -, para “encontrar uma saída digna e credível para uma situação que não pode continuar”.
Sarkozy, também antigo presidente do partido conservador, manifestou através de um comunicado que, “perante a gravidade da situação (…), cada um deve fazer tudo para preservar a unidade”.
Sarkozy diz que a situação é insustentável e “cria uma profunda consternação nos franceses”.
Esta é a primeira vez que Sarkozy se manifesta publicamente em relação à situação de Fillon, que reiterou no domingo a intenção de manter a candidatura, não obstante enfrentar uma provável acusação criminal no próximo dia 15 de março devido ao caso dos empregos falsos que alegadamente terá concedido à sua mulher e filhos.
O ainda candidato conservador manteve conversações telefónicas com várias grandes figuras do partido nos últimos dias, mas não houve qualquer encontro a três, como propõe Sarkozy.
Num evento perante dezenas de milhares de apoiantes este domingo em Paris, Fillon carregou contra os seus correligionários, que lhe retiraram o apoio nos últimos dias, depois de ser conhecida uma convocatória judicial para prestar depoimento no próximo dia 15.
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