Segundo a African News Agency, durante as declarações de encerramento, o presidente da SADC, Jacob Zuma, afirmou que o bloco regional iria perder dois líderes.

“Durante as nossas discussões, despedimo-nos do Presidente Eduardo dos Santos, de Angola, que se retira. O Presidente Eduardo dos Santos foi um dos principais pilares da SADC. Aproveitamos, assim, esta oportunidade para agradecer profundamente o seu contributo para a luta de libertação na região e a sua contribuição excecional para a SADC “, disse Zuma.

O responsável desejou ainda “boa saúde” ao presidente angolano e umas “eleições pacíficas em Angola.”

Na mesma declaração, Jacob Zuma prestou também homenagem a Ian Khama, que abandonará o cargo em abril de 2018.

“A este respeito, agradecemos ao Presidente Khama pelo envolvimento e liderança ativa na SADC. Recordaremos para sempre a sua liderança da SADC em 2015/2016. Esperamos que, mesmo durante o seu afastamento, continue a contribuir para o trabalho da SADC”, disse.

A 37ª Cimeira da SADC, que começou no sábado e terminou hoje, foi subordinada ao tema “Parceria com o Setor Privado no Desenvolvimento de Cadeias de Valor Industriais na Região”.

Neste contexto, os chefes de Estado e de Governo da região austral passaram em revista o estágio de integração regional e debateram as oportunidades que o processo de industrialização oferece aos atores económicos nacionais e da região, no contexto do desenvolvimento da Estratégia de Industrialização da SADC 2015-2063 e respetivo roteiro, adotados durante a cimeira de Harare, em 2015.

A situação de paz e segurança na região e o possível acolhimento de novos membros na SADC foi outro dos temas na agenda dos líderes políticos africanos.

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais o Presidente José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979, não se candidata.

Às eleições concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.

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