A posição foi expressa pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, que fazia o balanço das primeiras cerca de sete horas decorridas desde a abertura do processo.
“Estamos satisfeitos com o comportamento dos eleitores e de todos os cidadãos envolvidos direta ou indiretamente nesse processo”, disse André da Silva Neto.
Para o responsável do órgão eleitor angolano, o exemplo de civismo que está a ser demonstrado é um orgulho para o país e para África.
“É um exemplo de como se deve realizar eleições democráticas em qualquer parte do mundo, com civismo, elevação e respeito pela diferença. É o que está a acontecer no nosso país. Exortamos ao povo angolano a continuar a pautar-se por esse comportamento até que encerremos a votação no dia de hoje”, apelou.
Em resumo, André da Silva Neto referiu que o processo decorre com normalidade, com o povo angolano eleitor a revelar um “civismo, responsabilidade”, que merece os mais elevados elogios da CNE.
“É um gesto que, disse e repito, orgulha o povo angolano, o país e todos nós e é um exemplo para seguir para aqueles países onde, sobretudo aqui em África, constantemente verificamos que os processos eleitorais se transformam em campos de batalha, com mortes inúteis e danos desnecessários”, frisou.
Para os que até ao momento continuam indecisos, o presidente da CNE apelou ao “sentido de estado e dever cívico”, que cada angolano tem em participar neste processo, no sentido de dar o seu voto e “ajudar a decidir quem deve dirigir os destinos da nação”.
Angola realiza hoje as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
Comentários