O anúncio foi feito hoje, em Luanda, pelo ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, garantindo que até final deste ano o regulador do setor terá disponíveis os cadernos de encargos para os investidores interessados.

“Vamos aumentar a concorrência. Vai melhorar o serviço e vamos atuar sobre os preços e a qualidade do serviço”, afirmou o governante.

Acrescentou que o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação já recebeu “várias” manifestações interesse por parte de investidores nacionais e estrangeiros, mas que o processo, até à escolha final do operador, “não será concluído em menos de três meses”.

Em simultâneo, acrescentou José Carvalho da Rocha, o Estado vai privatizar 45% do capital social da empresa pública Angola Telecom, que atualmente se dedica apenas à rede fixa.

Estas medidas inserem-se na reestruturação do setor das telecomunicações em Angola e para “dinamizar o mercado”. Passam a existir apenas dois títulos para operadores, multiserviço e global, este designado como título unificado e que permite prestar todo o tipo de comunicações, móveis e fixas.

A privatização parcial da Angola Telecom, em processo de reestruturação, permitirá garantir, disse o ministro, o investimento necessário à sua entrada, também, nas comunicações móveis.

O mesmo acontecerá com a quarta licença que agora seguirá para concurso público, permitindo, além de telecomunicações móveis e fixas, também dados e televisão por subscrição.

Atualmente, o mercado das telecomunicações móveis é dominado pela operadora Unitel, da empresária Isabel dos Santos, existindo ainda uma segunda operadora, a Movicel.

De acordo com os números hoje revelados pelo ministro José Carvalho da Rocha, Angola tem atualmente mais de 11 milhões de cartões da rede móvel registados.