Neste processo eleitoral que ainda está em curso, “o papel de Portugal é ouvir, respeitar, não se meter naquilo que não é chamado, mas ser naturalmente sensível a estes valores: é um tema angolano, não é um tema internacional, não é um tema que seja resolvido por outras instâncias intermediárias que não sejam os angolanos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Dois dias depois de Adalberto Costa Júnior ter pedido uma comissão internacional para avaliar as atas eleitorais, já que os dados da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) não coincidem com os da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Marcelo Rebelo de Sousa disse que esta “é uma questão interna angolana”, que deve ser “resolvida entre os angolanos e não por intermediários internacionais, mesmo sendo amigos”, como é o caso de Portugal ou da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Nenhum de nós deve interferir naquilo que é de Angola”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: “os estrangeiros podem assistir e acompanhar”, mas “é uma questão angolana e está em pleno processo eleitoral”.