Em comunicado, a Embaixada da Hungria destaca que em Lisboa, a par de outras capitais europeias, vão ter lugar várias iniciativas de comemoração que se iniciam no domingo às 17:00 com a missa solene no Mosteiro dos Jerónimos, com a presença de individualidades dos dois países.

Na terça-feira, a partir das 09:00, na Universidade Católica de Lisboa, a Embaixada da Hungria em Portugal organiza a conferência “Revolução Húngara 1956 revisitada”, que vai receber várias personalidades húngaras, entre historiadores e ex-ministros, adianta na mesma nota.

A “Revolta Húngara” é atualmente vista como percursora da Primavera de Praga, do sindicato Solidariedade polaco e do desmoronamento do bloco soviético em 1989, contextualiza a Embaixada da Hungria, recordando que, a 23 de outubro de 1956, estudantes organizaram uma manifestação pacífica contra as políticas da União Soviética, com o objetivo de aprovar um caderno de 15 reivindicações, entre elas o regresso ao poder do comunista reformador Imre Nagy.

Proibida e depois autorizada, a concentração acabou por juntar – incluindo operários e soldados - 200 mil pessoas.

Um dia depois do início da revolta, o movimento alastrou-se a todo o país, a greve geral generalizou-se e formaram-se conselhos revolucionários por todo o lado, que rapidamente se armaram e tomaram o poder.

Os tanques russos reentraram em Budapeste a 4 de novembro para voltar a tomar o poder.

“A repressão é brutal: 20 mil húngaros são mortos, mais de 200 mil pessoas fogem do país e pedem asilo em outros países, segundo a Embaixada da Hungria. Uma semana depois, o regime soviético volta a ter o controlo do país instalando uma ‘paz silenciosa’”, refere a nota.