“Em primeiro lugar, queria expressar a todo o povo britânico, ao governo britânico e, em particular, ao parlamento inglês a minha solidariedade e o meu pesar por este atentado terrorista, que sinaliza bem o que devem ser as prioridades em que a Europa se tem de concentrar”, declarou o primeiro-ministro.

António Costa falava aos jornalistas no final de uma visita ao evento Portugal Fashion, que decorre na Cordoaria Nacional, em Lisboa.

Relacionando o atentado com a atualidade europeia, António Costa disse: “Em vez de perdermos tempo abrindo visões inúteis, criando conflitos entre nós, é triste ser necessário eventos destes para nos lembrarmos que temos que nos unir”.

“Só unidos temos capacidade de enfrentar estas ameaças”, sublinhou, recordando que o ataque de hoje ocorre “precisamente um ano após o atentado dramático (…) de Bruxelas e demonstra bem que a ameaça terrorista é uma ameaça global”.

Para o responsável urge, por isso, uma “maior cooperação policial, maior cooperação judicial e maior troca de informações” entre os países europeus, assim como “trabalhar na prevenção dos fatores de radicalização”.

Questionado se existem cidadãos nacionais entre os feridos, António Costa adiantou que, até agora [final do dia], não há “indicação de que haja qualquer português atingido neste ataque”.

Testemunhas oculares relataram que um atacante atropelou hoje peões na ponte de Westminster antes de o seu veículo embater na vedação junto ao edifício do Parlamento britânico. Depois, o atacante saiu do veículo empunhando uma faca, esfaqueou um polícia e foi alvejado pelas forças policiais.

Segundo as últimas informações divulgadas pela Polícia Metropolitana de Londres, pelo menos quatro vítimas mortais foram confirmadas, incluindo um agente da polícia e o atacante. Outras 20 pessoas ficaram feridas, incluindo polícias.

As autoridades britânicas estão a tratar estes acontecimentos como um “ataque terrorista”.