Quando questionado sobre esta possibilidade, durante a sua deslocação ao Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, respondeu: “Claro”.

Porém, o chefe da diplomacia saudita questionou se Israel está a aproximar-se dos objetivos que estabeleceu na sua ofensiva na Faixa de Gaza.

“Não vemos sinais reais”, disse Bin Farhan, que apelou à comunidade internacional para fazer mais esforços para alcançar um cessar-fogo, de acordo com a transcrição do seu discurso fornecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

A Arábia Saudita é um dos 28 Estados-membros das Nações Unidas que não reconhecem Israel. A maior parte deles pertence à Liga Árabe e à Organização de Cooperação Islâmica, mas outros, como Cuba, Coreia do Norte e Venezuela, também não o fizeram.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita palestiniano em território israelita a 7 de outubro de 2023.

Nesse dia, cerca de 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis, mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas.

Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que mais de 100 permanecem na Faixa de Gaza.

Em retaliação, os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza já mataram mais de 24 mil pessoas — na maioria mulheres, crianças e adolescentes — e fizeram mais de 60 mil feridos, também maioritariamente civis, segundo as autoridades do enclave palestiniano.