Um comunicado divulgado hoje, após uma “reunião de ponto de situação” realizada na segunda-feira, refere que “a Comissão Executiva da AML e as administrações da Metro de Lisboa, Carris (rodoviária) e da Transtejo e da Soflusa (transporte fluvial) reconheceram a difícil situação que o setor atravessa, com especial incidência em Lisboa e concelhos limítrofes”.

“Devemos ser exigentes mas pacientes, porque não se inverterá em poucos meses a situação a que se chegou, após anos de políticas desastrosas, que levaram o sistema de transportes a ter um nível de qualidade muito baixo e inaceitável”, refere a nota, que cita o primeiro secretário metropolitano, Demétrio Alves.

A nota vinca também que “só o Metro de Lisboa, nos últimos três anos, e até finais de 2015, perdeu mais de 300 trabalhadores”.

“Atualmente são apenas 230, estando prevista a entrada de 30 novos elementos, tendo sido praticamente abandonado o programa de conservação do equipamento rolante nos últimos quatro anos”, acrescenta.

Considerando que “a oferta global de transportes desceu entre 25% e 30% desde 2010 até ao presente ano”, Demétrio Alves defendeu o “investimento público em manutenção e novos equipamentos e infraestruturas, para além do reforço quantitativo e qualitativo dos recursos humanos em várias empresas”.

Para o responsável metropolitano, trata-se de um “esforço financeiro e orçamental de rutura com o paradigma instalado especialmente durante os últimos seis anos, o que, devido a várias circunstâncias, não tem sido fácil”.

A AML refere ainda que, “não obstante as circunstâncias adversas, registou-se um aumento de 8,6% de passageiros nos primeiros meses de 2016”.