Numa carta a que a agência Lusa teve hoje acesso, Almeida Henriques (Viseu) e Manuel Machado (Coimbra) convidam Pedro Marques para a viagem a realizar “em data próxima”, no Itinerário Principal (IP) 3, “fazendo-se acompanhar por quem considerar adequado, nomeadamente pelos responsáveis pela gestão da via”.

“Previsto no Plano Rodoviário Nacional desde 1985, que substituiu o plano de 1945, o IP3, que só ficou totalmente concluído em 2010, desde há muitos anos tem revelado, no seu troço entre Viseu e Coimbra, elevados níveis de sinistralidade e constante e crescente degradação”, lamentam.

Os autarcas lembram que, “fruto da consciência generalizada sobre a inadequação daquele troço às necessidades das regiões”, ao volume de tráfego e à sinistralidade registada, ao longo dos últimos 15 anos foram apresentados “vários planos para a sua substituição por uma autoestrada”.

“Nenhum dos projetos avançou e a situação insustentável mantém-se”, sublinham.

No dia 03 de janeiro, o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, defendeu a colocação de separadores centrais e a duplicação de alguns troços do IP3, de forma a evitar acidentes como os ocorridos na quadra natalícia.

O autarca social-democrata considerou estas obras urgentes, depois de, em apenas quatro dias, se terem registado três acidentes graves.

Posteriormente, a Câmara de Tondela aprovou, por unanimidade, uma moção a pedir a requalificação do IP3, que tem cerca de 72 quilómetros, entre Viseu e Coimbra, e é “diariamente atravessado por quase duas dezenas de milhar de veículos”.

A moção alertava para os “muitos pontos críticos” do IP3, como “o troço entre Canas de Santa Maria/Valverde e Tondela (construído como variante a Tondela), onde durante a quadra natalícia ocorreram três acidentes graves, que causaram um morto e mais de uma dezena de feridos”.