O PCP já anda há dias a fazer esse apelo e hoje, na Baixa da Banheira, Setúbal, o secretário-geral, Jerónimo de Sousa, recusou comentar “bocarras” ou “escaramuçazitas, tanto à direita como à esquerda”, sobre se o PS vendeu a alma ao diabo para governar com os partidos de esquerda.

À Lusa, Jerónimo até antecipou que, na noite das autárquicas, no domingo, a CDU vai manter ou até aumentar a sua expressão autárquica, o PS não irá “levantar voo” e o BE vai “correr na sua bicicleta”.

Passos Coelho e o PSD andaram hoje de manhã pela zona de Lisboa e o líder social-democrata apelou à mobilização dos eleitores, porque o partido “não pode ficar a contar com resultados feitos, os resultados fazem-se nas eleições”.

“Muito confiante” no resultado de Cascais, em que se recandidata Carlos Carreiras, Passos alertou que “convém não estar distraído” e ir votar.

Hoje, Assunção Cristas, líder do CDS, concentrou-se em Lisboa, onde é candidata à câmara, e termina o dia com o um comício na Praça do Município.

À margem da campanha, Cristas defendeu que o não levantamento do segredo de Estado pelo primeiro-ministro que ditou o arquivamento do caso de alegadas escutas pelas secretas será apurado "com muito rigor" no parlamento, recusando fazer julgamento antecipados.

Segundo comunicado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no inquérito ao caso das “secretas” investigou-se a eventual adoção dos Serviços de Informação da República Portuguesa de procedimentos para interceções telefónicas de telefones fixos e móveis, registo de som ambiente, nomeadamente conversações, bem como interceção de e-mails, vigilâncias áudio e realização de fotografias de terceiros fora do espaço público.

À esquerda, a coordenadora do Bloco considerou "infelizes e manifestamente desadequadas" as declarações do secretário de Estado da Saúde, que confessou ser “um tormento” governar o setor nas atuais circunstâncias.

Catarina Martins apelou até a Manuel Delgado que negoceie "para cumprir promessas básicas" do programa do executivo do PS, com o apoio do BE, PCP e PEV.

Na área da saúde, há várias greves previstas para as próximas semanas, em outubro, de médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico.

Em sentido contrário à oposição, o líder do PS e primeiro-ministro, António Costa, afirmou, na noite de quarta-feira, na maia, Porto, valorizou o trabalho do executivo.

"Felizmente, vivemos no país desde há dois anos uma lufada de ar fresco, um novo tempo em que as pessoas puderam recuperar a tranquilidade no seu dia-a-dia, as empresas puderam recuperar a confiança e a previsibilidade sobre o seu futuro, e passo a passo o país foi recuperando a esperança e confiança", disse António Costa.

E foi na Maia que o primeiro-ministro tinha à sua espera mais de 100 enfermeiros e professores, a pedirem “justiça” quanto às suas reivindicações.