“O nosso projeto para o Porto tem uma prioridade absoluta: um Porto para as famílias e uma cidade com qualidade de vida para todas as gerações”, disse Álvaro Almeida, independente, na apresentação da sua candidatura, que contou com a participação do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e de outras figuras do partido como Rui Rio, Aguiar Branco e Paulo Rangel.

Para apoiar a sua “prioridade”, o candidato apresentou dois eixos estratégicos de suporte: “um Porto economicamente forte e diversificado, onde o emprego não dependa só do turismo e onde os outros setores económicos invertam o declínio atual, e um Porto que seja o farol do Norte, uma referência económica, social e política do Noroeste Peninsular”.

“Não tenho interesses económicos na cidade, o que me isenta de conflitos de interesses. Todas as minhas decisões serão tomadas na defesa do interesse do Porto e dos portuenses, sem quaisquer outras motivações”, disse o candidato, lamentando que todos os anos “mais de três mil residentes deixem o Porto” perante “a passividade de uma câmara que vê no turismo a solução para tudo”.

Em seu entender, o atual executivo, liderado pelo independente Rui Moreira, “pouco fez para melhorar a qualidade de vida dos portuenses”, apontando que “o trânsito está caótico, o estacionamento selvagem, como consequência de uma instalação de parquímetros que ultrapassa os limites do razoável, o sentimento de insegurança é cada vez maior e o emprego está a diminuir nos setores não ligados ao turismo”.

“Nada de relevante foi realizado, nem mesmo o que o presidente da Câmara considerava prioritário. Mais de três quartos das promessas eleitorais de Rui Moreira não foram executadas”, disse, acrescentando que “só no marketing se viu resultados".

"É este o legado desta câmara: um ponto final no Porto. Um ponto final no progresso de que a cidade vinha beneficiando”, acusou.

Embora independente, Álvaro Almeida disse rejeitar o "discurso populista anti-partidos que alguns hipocritamente utilizam".

"Não há democracia sem partidos políticos”, afirmou, admitindo ter-se associado ao PSD por “afinidade ideológica”.

Disse ainda que ”os portuenses foram enganados” e que “nem sequer é necessário muito esforço para o demonstrar – é uma câmara municipal controlada pelo partido socialista”.

“O que hoje temos é a inversão completa dos princípios da ética e da credibilidade na relação entre os eleitos e os eleitores. A maioria dos portuenses optou por um movimento cívico independente, a quem atribuiu 39% dos votos e derrotou o PS, que obteve 22% dos votos. E hoje quem efetivamente governa a Câmara é quem teve 22% dos votos”, sustentou.

O economista Álvaro Almeida, de 52 anos, começou a colaborar com o PSD em fevereiro de 2016 e é coordenador do Conselho Estratégico da Cidade do Porto, órgão da iniciativa do PSD, desde abril.

Nasceu no Porto, foi presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte durante um ano, até fevereiro de 2016.

Antes, entre 2005 e 2010, presidiu à Entidade Reguladora da Saúde, nomeado pelo então ministro da Saúde do Governo PS, António Correia de Campos.

É professor Associado da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e docente na Porto Business School (PBS).

Doutorou-se em Economia pela London School of Economics and Political Science (LSE), Reino Unido, em 1998.

Entre 1997 e 2000, foi economista do Fundo Monetário Internacional, em Washington.

Por nomeação do então ministro da Saúde, Paulo Macedo (do Governo do PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho), Álvaro Almeida foi coordenador da Comissão de Acompanhamento da Reforma Hospitalar (2014-2015).

As eleições autárquicas realizam-se a 1 de outubro.

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