Num comício no centro histórico de Carnide, que encheu o Largo do Coreto com apoiantes da coligação, João Ferreira disse que as eleições de 01 de outubro são “uma imensa oportunidade, que a CDU não pode, nem vai desperdiçar, para dar um decisivo passo em frente na luta pelo direito à cidade”.

De acordo com o candidato à Câmara de Lisboa, a freguesia de Carnide tornou-se “uma referência do ponto de vista do exercício do poder local”, pelo que o objetivo da CDU é “projetar em toda a cidade o notável exemplo de trabalho, de honestidade, de competência”.

Das 24 freguesias de Lisboa, apenas Carnide é presidida pela CDU. O presidente é Fábio Sousa, que é novamente candidato nestas eleições.

“Foi uma enorme lição a que demos a partir de Carnide a toda a cidade, que foi semeada e da qual vamos colher frutos em muitas outras freguesias desta cidade”, afirmou João Ferreira, desvalorizando o resultado das sondagens.

Ao longo da campanha eleitoral, a CDU tem sentido que está “a construir um grande resultado” e que está “a criar as condições para assegurar em Lisboa uma outra gestão municipal, na qual a CDU terá um papel determinante”, adiantou o candidato, que é também eurodeputado e vereador na Câmara de Lisboa.

“As sondagens chegarão, umas melhores, outras piores, mas a nossa atitude é sempre a mesma: não vamos deixar nas mãos de outros um resultado que nos cabe a nós construir”, reforçou João Ferreira, em declarações aos jornalistas.

Perante centenas de apoiantes, o candidato à Câmara de Lisboa voltou a atacar a atual gestão municipal de maioria PS, indicando que a cidade está entregue ao especulador imobiliário, a uma política de favor e de imposição, a profundas desigualdades, a problemas na área da habitação, a uma monocultura do turismo, a um desinvestimento nos transportes públicos e a um caminho de desmantelamento de serviços públicos.

João Ferreira criticou ainda outras candidaturas à Câmara de Lisboa, sem referir nomes, defendendo que “é o tempo para aqueles que andaram a partir do Governo, em anos recentes, a semear a miséria em tantos dos bairros da cidade de irem hoje, de forma oportunista, procurar tirar dividendos da miséria que andaram a semear”.

“É um tempo para todo o tipo de contrabandos, de promessas miríficas”, referiu.

Nas eleições de 01 de outubro concorrem em Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).