"Faremos coligação com o CDS, em princípio, nas autarquias onde somos oposição", disse o secretário-geral do partido, José Prada, após reunião da comissão política regional, no Funchal.

Nas autárquicas de 2021, os social-democratas apresentam Pedro Calado, atual vice-presidente do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP, como cabeça de lista no Funchal, câmara liderada pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!); e os atuais presidentes Pedro Coelho, em Câmara de Lobos, e Carlos Teles, na Calheta.

João Paulo Marques Luís é o candidato à Câmara Municipal de Santana, atualmente governada pelo CDS-PP; Brício Araújo avança por Santa Cruz (município liderado pelo JPP); e Norberto Maciel por Machico (liderado pelo PS).

No Porto Santo, o candidato é Nuno Batista, que substitui o atual presidente social-democrata Idalino Vasconcelos.

Marco Gonçalves encabeça a lista no Porto Moniz e Gualberto Fernandes na Ponta do Sol, municípios atualmente governados pelo PS.

No concelho da Ribeira Brava, os social-democratas apoiam o candidato Ricardo Nascimento, do movimento Ribeira Brava em Primeiro, ex-militante do PSD e atual presidente da autarquia.

Em São Vicente, o candidato é José António Garcês, do movimento Unidos Por São Vicente, que preside à autarquia desde 2013, ano em que se afastou do PSD, mantendo, no entanto, a filiação.

"A comissão política reafirma que a região, entendida nos seus onze concelhos, carece de ser liderada pelos princípios da social-democracia, de modo que, nos concelhos atualmente governados pela oposição, seja reposta a qualidade de vida, a segurança e o desenvolvimento que as populações ambicionam e legitimamente merecem", disse José Prada.

Na reunião de hoje, o PSD enalteceu o "extraordinário trabalho" que está a ser desenvolvido pelo Governo Regional no combate e contenção da pandemia covid-19, destacando o apoio famílias e às empresas.

"A este nível, o processo de vacinação covid-19, em curso, merece especial referência, pela forma determinada, rigorosa e profissional com que tem sido implementado, reforçando-se, também por esta via, o exemplo que a região tem vindo a assumir na gestão desta crise sanitária", indicou José Prada.

O porta-voz da comissão política sublinhou, por outro lado, o entendimento político alcançado no parlamento nacional quanto ao Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), considerando que veio viabilizar o "encontro de uma solução" que salvaguarda os interesses da região.

"Espera-se que esta plataforma de entendimento seja um bom augúrio para o futuro e para a viabilização de outras questões fundamentais para a Madeira, como é o caso da revisão da Lei das Finanças Regionais", declarou.

Em 24 de março, a comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, aprovou a alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais às entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira, sendo que o texto final assenta nas propostas do PSD e clarifica aspetos como a definição de posto de trabalho e a tributação dos lucros, além de que assegura a emissão de licenças até 31 de dezembro de 2021, com efeitos retroativos a 1 de janeiro.

O projeto de lei do PSD foi viabilizado com a abstenção do PS.