Em resposta por escrito a questões da agência Lusa, fonte oficial da Autoeuropa indicou que o início da produção está planeado para o dia 06 de setembro, apesar do problema de falta de semicondutores que está a afetar a fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal.

“O que afeta a Volkswagen Autoeuropa, bem como outras empresas no momento, é a escassez de componentes devido à extensão das medidas de confinamento na Ásia, continente que concentra parte significativa da produção de semicondutores para os nossos produtos”, indicou a mesma fonte.

A empresa já parou algumas vezes nos últimos meses por falta de semicondutores.

Segundo informação divulgada em junho pela Autoeuropa, a falta de semicondutores, que está a afetar todo o setor automóvel, deve-se às dificuldades de fornecedores de alguns países, designadamente a Malásia, devido a medidas de confinamento por causa da pandemia de covid-19.

Além disso, a partir de quarta-feira, 01 de setembro, a empresa irá recorrer “a um programa de apoio à atividade económica”.

“Durante a aplicação deste programa, decidimos atribuir um complemento como garantia do rendimento individual de cada colaborador da empresa”, afirmou a fonte oficial.

Na semana passada, o Expresso noticiava que o regresso da empresa poderia não acontecer no dia 06 de setembro devido à crise dos semicondutores. Hoje, a Renascença deu conta que a Autoeuropa iria recorrer a um apoio do Estado para pagar salários.

A Autoeuropa, com mais de 5.200 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.