De acordo com o jornal Hurriyet, o autor terá entrado na Turquia a partir da Síria, onde integrou o autoproclamado grupo Estado Islâmico, razão pela qual apresentou domínio no manuseamento das armas de fogo.

O suspeito, que ainda se encontra a monte, era treinado e foi "escolhido a dedo" para conduzir o ataque na discoteca Reina, segundo um jornalista com fontes próximas das investigações.

O extremista utilizou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga e apontou sempre para o tórax das vítimas, segundo informação divulgada pelos jornais Hurriyet e Haberturk, que citam fontes ligadas à investigação do atentado.

As autoridades turcas também divulgaram fotos do criminoso tiradas em diferentes ocasiões. Numa delas, o autor encontra-se numa casa de câmbio em Laleli, num bairro conservador de Istambul, sendo provável que a ocorrência se tenha verificado dias antes do atentado.

Segundo o jornal Haberturk, o atirador terá chegado ao sul da Turquia, mais concretamente à cidade de Konya, em novembro passado, juntamente com a sua mulher e os dois filhos para passar despercebido.

No seguimento das investigações, a polícia já deteve 12 pessoas ligadas ao atentado. Uma delas será a mulher do suspeito.

No entanto, apesar de identificado, as autoridades turcas ainda não divulgaram o nome ou confirmaram a ligação do suspeito com o Estado Islâmico.

Trinta e nove pessoas morreram e 65 ficaram feridas num ataque "terrorista" contra a popular discoteca Reina, em Istambul, onde centenas de pessoas festejavam a chegada do Ano Novo na noite de sábado.

Prossegue a caça ao homem na Turquia, com as autoridades à procura do autor do atentado, entretanto reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. Esta segunda-feira, dia 2, a polícia antiterrorista de Istambul já havia detido oito pessoas suspeitas de estarem ligadas ao ataque.