A polícia federal, em coordenação com agentes migratórios, intercetaram os dois autocarros na estrada ocidental Guadalajara-Tepic, no município de Amatitán, estado de Jalisco.

Durante a inspeção — na qual os condutores mostraram o seu “nervosismo” — os polícias “conseguiram identificar que os passageiros eram estrangeiros, oriundo da Guatemala e Honduras com identificações falsas”, assinalou o Instituto Nacional de Migração.

Dos 100 migrantes, 97 eram provenientes da Guatemala enquanto outros três das Honduras. No grupo havia 41 menores de idade, quatro deles viajando sem companhia.

Os estrangeiros, de acordo com o instituto, relataram que o ‘traficante’, que viajava com eles, cobrou entre 5.000 e 7.000 dólares pela viagem até à fronteira norte do México, “com a intenção de entrar nos Estados Unidos de forma irregular”.

Para tal, o ‘traficante’ — que foi detido pelas autoridades e acusado do crime de tráfico de pessoas — entregou aos passageiros cédulas de nascimento e cartões de eleitor falsos.

O INM recordou que o regresso assistido das pessoas do chamado Triângulo Norte da América central realiza-se com base nas disposições que o México negociou com os governos da Guatemala, El Salvador e Honduras.

Este acordo contempla uma “repatriação digna, ordenada e segura”, na qual os migrantes são informados da possibilidade de puderem pedir asilo, assegurou a instituição.

Esta detenção soma-se a uma outra ocorrida durante esta semana, na qual 53 migrantes guatemaltecos, que viajavam numa camioneta em condições sub-humanas, foram intercetados no município de Agua Dulce, a sul de Veracruz.

Milhares de indocumentados cruzam todos os anos o território mexicano com destino aos Estados Unidos, um recurso no qual estão expostos a roubos, extorsões, sequestros e, inclusive, assassinatos por parte de bandos de criminoso, assim como de abusos de autoridades corruptas.