Em nota de imprensa, o Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) refere que no primeiro fim de semana de novembro estiveram no hospital da ilha de São Miguel "quatro médicos psiquiatras durante o sábado e o domingo, não interferindo, assim, com o normal funcionamento dos dias úteis".

O objetivo da iniciativa, explica o executivo é, "ao longo dos próximos dois anos, reduzir significativamente a lista de espera que conta, neste momento, com cerca de mil utentes".

Assim, para colmatar a falta de psiquiatras, a Estrutura para a Saúde Mental criou um banco de médicos, com psiquiatras e pedopsiquiatras disponíveis para trabalhar na região, fornecendo esses contactos aos diretores de serviço das unidades de saúde dos Açores.

"Neste tipo de consulta-tampão que se cria com os Bancos de Médicos, os psiquiatras fazem uma primeira avaliação, sendo que os doentes que não apresentarem necessidade de seguimento pela especialidade são reencaminhados aos Cuidados de Saúde Primários. Noutros casos, será necessário manter o seguimento pelos Serviços de Psiquiatria", explica o executivo.

Citada na nota, a secretária regional da Saúde e Desporto, Mónica Seidi salienta que a “ação revelou ser um sucesso exemplar", adiantando que irá decorrer todos os fins de semana do mês de novembro e no primeiro fim de semana de dezembro.

Mónica Seidi destaca ainda a colaboração da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) que, graças ao protocolo em vigor com a Estrutura para a Saúde Mental dos Açores, conseguiu, com o seu coordenador, Henrique Prata Ribeiro, disponibilizar seis médicos psiquiatras para a iniciativa.

“Esta é uma forma muito eficaz de realizar o diagnóstico aos nossos doentes, o que agiliza em muito a ação médica e o encaminhamento para a especialidade da psiquiatria, multiplicando a sua eficácia”, acrescenta a governante.