“Confirmando-se a possibilidade de todos os documentos estarem disponíveis na segunda-feira”, os corpos das duas portuguesas serão enviados para Portugal num avião da Força Aérea, disponibilizado pelo Governo português, afirmou à agência Lusa José Luís Carneiro.

O governante deslocou-se hoje à capital catalã para verificar “as condições em que as famílias estavam a ser apoiadas”, e “procurar acompanhar as diligências que estavam a ser feitas por parte das autoridades tendo em vista verificar as identidades das vítimas, um esforço para as autópsias serem feitas o mais rapidamente possível para a libertação dos corpos pelas autoridades judiciárias” e, “garantir que havia condições para apoiar esta família na trasladação dos corpos”.

As duas portuguesas que morreram no atentado de quinta-feira nas ramblas da cidade condal, foram uma cidadã de 74 anos, e a sua neta de 20.

José Luís Carneiro disse que às 12:00 de hoje estavam ainda por identificar cinco corpos.

“No diálogo que tive com o secretário das Relações Exteriores do Governo catalão, foi-nos dito que ainda havia cinco vítimas mortais por identificar, e que em relação aos feridos, embora tenha sido feita uma triagem que foi várias vezes verificada, nas unidades hospitalares, não seria de excluir, que eventualmente pudesse aparecer mais algum ferido, mas até ao momento não havia registo de qualquer português, entre esses feridos”, declarou José Luís Carneiro.

Relativamente aos corpos das duas portuguesas, que serão trasladados para Lisboa, seguindo depois para o município de Sintra, os documentos mais importantes estão já emitidos, realçou o secretário de Estado, que referiu que a Câmara de Sintra “também disponibilizou os seus serviços sociais para apoiar a família e os amigos, em caso de necessidade”.

Espanha foi esta semana alvo de dois ataques terroristas na região da Catalunha, em Barcelona, na quinta-feira, e em Cambrils, na sexta-feira à noite, que fizeram 14 mortos e 135 feridos, com a utilização de viaturas que atropelaram pessoas indiscriminadamente.

Os dois ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (também conhecido pelo acrónimo árabe Daesh).