O ataque foi inicialmente confirmado por uma fonte de segurança à agência noticiosa oficial iraquiana NINA e posteriormente verificado por outra fonte de segurança ao diário 'Baghdad Al Youm'.

"A base dos EUA, onde estão estacionadas tropas americanas que fazem parte da coligação internacional contra o Estado Islâmico, foi atingida por vários mísseis provenientes do município de Al Baghdadi", segundo esta fonte, citada pela agência Europa Press.

À agência France-Presse (AFP), um oficial da polícia da província de al-Anbar referiu que a base militar iraquiana "foi alvo de 15 'rockets'", dos quais 13 foram abatidos pelas defesas antiaéreas, enquanto "dois caíram na base aérea".

Falando sob condição de anonimato, referiu ainda informações "preliminares" de que "um membro das forças de segurança iraquianas ficou gravemente ferido".

Pouco depois, a milícia pró-iraniana Resistência Islâmica do Iraque - Kataib Hezbollah - reivindicou a autoria do ataque, segundo um comunicado divulgado pela agência noticiosa semi-oficial iraniana Tasnim.

Por seu lado, um responsável militar norte-americano confirmou à AFP que "mísseis" tinham "atingido a base aérea de Ain al-Assad", assegurando que estava em curso "uma primeira avaliação dos danos", efetuada conjuntamente pelas forças norte-americanas, as da coligação internacional e oficiais iraquianos.

Atentados como o de hoje intensificaram-se desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel, em outubro. A maioria destes ataques com drones e foguetes foi reivindicada pela "Resistência Islâmica no Iraque", um grupo nebuloso de combatentes de grupos armados pró-iranianos.

O ataque de hoje segue-se à morte de cinco membros da Guarda Revolucionária Iraniana, o exército ideológico do Irão, incluindo dois conselheiros de alto nível, num ataque em Damasco, capital da Síria, atribuído a Israel por Teerão, que ameaçou retaliar.

Na segunda-feira à noite, o Irão já tinha disparado mísseis balísticos contra o Curdistão autónomo, no norte do Iraque, alegando ter como alvo um local utilizado por "espiões do regime sionista [Mossad]".

(Notícia atualizada às 18h20)