Instada a comentar a notícia de hoje do jornal Expresso, que revela que foi a Caixa Geral de Depósitos que denunciou o ex primeiro-ministro José Sócrates e motivou a investigação do processo Operação Marquês, Catarina Martins destacou que “foram os fatores de alerta sobre transferências nas contas que permitiram despoletar uma investigação que é tão importante”.

“O BE há 20 anos que luta por todos os mecanismos para haver mais transparência na banca, para haver mais investigação, mais cruzamento de dados e, na verdade, tivemos alguns passos no avanço neste tipo de comunicações e prova-se que tínhamos razão”, afirmou

Catarina Martins referiu que, durante muitos anos, quando o Bloco falava “sobre este mecanismo de saber mais o que se passa dentro da banca, de conhecer, de ir ao rasto do dinheiro para combater a corrupção e o crime económico”, ouviu "tantas vezes" dizer “que isso não se podia fazer, que isso era um ataque à privacidade”.

“Vê-se que não. Que os instrumentos que foram implementados ao longo dos anos e que permitem seguir o rasto do dinheiro são importantes para combater a corrupção e o crime económico”, frisou.

E acrescentou: “se já aprendemos isso, então temos que fazer tudo o que falta porque podemos seguramente aprofundar estes mecanismos para sermos ainda mais fortes no combate à corrupção e ao crime económico”.

Catarina Martins falava aos jornalistas à margem do “Encontro do Interior 2019”, realizado pelo Bloco de Esquerda e que decorreu em Alijó, no distrito de Vila Real.