"Não é tarde, é preciso é que o parlamento tenha uma lei eficaz cá fora", defendeu Catarina Martins, sublinhando que o que irá acontecer na PT "vai marcar o país nos próximos anos".

Esta é, prosseguiu, uma "luta pelos direitos de cada trabalhador, mas contra a selva laboral de Portugal, pelos direitos de toda a gente".

Esta visão foi partilhada pela deputada comunista Rita Rato, que tal como Catarina Martins esteve hoje presente numa concentração de quadros da PT/Meo.

"Entendemos que não é tarde de mais, é preciso pôr cobro a esta fraude. O processo que decorre no parlamento terá de ser conclusivo, mas é determinante a ação do Governo ao mais alto nível", pediu a deputada do PCP, que criticou ainda o que disse ser a "pressão" da Altice sobre os trabalhadores.

As estruturas representativas dos funcionários da PT/Meo convocaram para hoje uma concentração de trabalhadores em frente à sede, em Lisboa, exigindo "posições firmes e duras contra a gestão da Altice".

Há duas semanas, o parlamento aprovou, na generalidade, quatro projetos de lei com alterações ao Código do Trabalho na transmissão de estabelecimento, figura que afeta os trabalhadores da PT/Meo.

A lei laboral, que querem alterada, não consagra o direito de oposição do trabalhador na transmissão do estabelecimento, o que já possibilitou a mudança de 155 funcionários da Meo para outras empresas, casos da Tnord, Sudtel, Winprovit.

A lei da transmissão estipula que os trabalhadores que passaram para outras empresas mantenham os direitos laborais contratuais que tinham na PT, mas apenas durante 12 meses.

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