“Para isso, defendemos a constituição de uma empresa de transportes públicos regional, pública maioritariamente, [e que] sejam convidadas as outras empresas de transportes públicos a fazer parte dessa mesma empresa”, explicou o candidato.

Roberto Almada falava numa iniciativa de campanha que decorreu hoje no centro do concelho de Santa Cruz e que contou com a presença da coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e do líder parlamentar do partido na Assembleia da República, Pedro Filipe Soares.

O cabeça de lista defendeu a necessidade de a Madeira ter “uma boa empresa pública de transportes públicos com autocarros não poluentes”, acusando o presidente do Governo Regional e novamente candidato, Miguel Albuquerque, de não se preocupar com as alterações climáticas.

Tornar os transportes públicos gratuitos, considerou, ajudará também as pessoas que têm salários baixos e que vivem em zonas “muito mal servidas por transportes públicos, sobretudo nos concelhos fora do Funchal”.

“Uma empresa pública de transportes públicos com autocarros ambientalmente sustentáveis, que sirvam toda a gente, é uma proposta que vai ao encontro daquilo que são as necessidades de muitos madeirenses hoje em dia”, reforçou o candidato.

O BE inaugurou a sua presença na Assembleia Legislativa da Madeira nas eleições de 17 de outubro de 2004, elegendo um deputado, que manteve nas eleições seguintes, e perdeu a representação em 2011.

Em 2015, voltou a entrar na Assembleia Legislativa Regional, com dois parlamentares, mas perdeu novamente a representação nas últimas eleições.

Roberto Almada estreou-se na vida política regional em 1999, mas só ocupou o lugar de deputado em 2008 para substituir o histórico líder da UDP/Madeira Paulo Martins – eleito pelo BE nas regionais de 2004 e de 2007 e obrigado a abandonar a vida política por motivos de saúde.

O técnico superior de Educação Social voltou a ocupar um lugar no hemiciclo na legislatura 2015-2019, quando o BE reforçou a sua posição e elegeu dois representantes.

Às legislativas da Madeira de 24 de setembro concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.