As declarações de Bernardino Soares surgem na sequência do anúncio feito esta manhã pelo Governo de que vão ser criadas até 2022 mais duas estações de metro na cidade de Lisboa (Estrela e Santos).

“O Metropolitano de Lisboa deve servir os concelhos da Área Metropolitana e, por isso, não pode deixar de equacionar os milhares de pessoas que todos os dias se deslocam de Loures para Lisboa e não têm uma verdadeira alternativa ao transporte individual”, afirmou o autarca, em declarações à agência Lusa.

Nesse sentido, Bernardino Soares sublinhou que a chegada do metro à cidade de Loures “será uma das reivindicações mais fortes para próximos anos”.

“Tudo faremos para que se continue a pôr em cima da mesa o planeamento e a execução de uma ligação do metropolitano de Lisboa à cidade de Loures. Não faz sentido que um concelho com 220 mil habitantes não tenha uma verdadeira alternativa”, reiterou.

O autarca de Loures sublinhou ainda que uma ligação de metro entre a cidade de Loures e Lisboa iria contribuir para descongestionar o tráfego automóvel que entra todos os dias na capital.

“É uma necessidade imperiosa. Traria ganhos económicos e ambientais. Está-se a gastar dinheiro que poderia perfeitamente ser poupado”, atestou.

O Governo anunciou hoje que o Metropolitano de Lisboa vai ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos-, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.

De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está previsto o prolongamento da Linha Amarela do Rato ao Cais do Sodré, com duas novas estações na Estrela e em Santos.

O custo desta obra é de 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no BEI — Banco Europeu de Investimento.