O parlamento australiano aprovou em fevereiro uma moção para encerrar a saga legal contra Assange, um cidadão australiano preso há cinco anos no Reino Unido e que luta para não ser extraditado para os Estados Unidos.

"Estamos a avaliar", respondeu Joe Biden a um jornalista ao ser questionado se havia uma resposta americana para o pedido australiano.

Os Estados Unidos pediram a extradição de Assange, que pode ser condenado no país a 175 anos de prisão por publicar desde 2010 mais de 700 mil documentos sigilosos sobre atividades militares e diplomáticas americanas, particularmente relacionadas com o Iraque e o Afeganistão.

No fim de março, a justiça britânica pediu aos Estados Unidos novas garantias sobre o tratamento que seria dado a Assange se ele for extraditado, caso contrário poderia conceder ao fundador do WikiLeaks um último recurso no Reino Unido.

"Faça o correto, retire as acusações", pediu no X a mulher de Assange, Stella, após o comentário de Biden.

Apoiantes de Assange alegam que ele expôs irregularidades no Exército norte-americano e que a sua batalha legal representa uma luta pela liberdade de imprensa. Já Washington argumenta que as divulgações colocaram vidas em perigo, devido à divulgação de documentos contendo o nome de fontes da inteligência.

O editor-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, defendeu hoje uma solução política para a situação de Assange. "Esse é o tipo de caso que, primeiramente, nem deveria ter começado", declarou, durante uma manifestação de apoio no centro de Londres. Para ele, o tempo que Assange já passou na prisão de Belmarsh, em Londres, é "excessivo e brutal".