O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, pediu no domingo às forças de segurança que implementassem “um importante dispositivo defensivo” para proibir os agricultores de “qualquer entrada em Paris”.

“A postura continua a mesma: a polícia deve agir com muita moderação”, e só intervir “em último recurso”, se a integridade das pessoas estiver ameaçada ou em caso de danos graves nos edifícios, explicou o Ministério do Interior, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A mobilização dos agricultores em França pretende denunciar, sobretudo, a queda de rendimentos, as pensões baixas, a complexidade administrativa, a inflação dos padrões e a concorrência estrangeira.

Os principais sindicatos agrícolas tinham anunciado, anteriormente, que pretendiam realizar um “cerco à capital por tempo indeterminado”, a partir da tarde de segunda-feira, no início de uma “semana de todos os perigos”.

O presidente do principal sindicato agrícola, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, apelou este domingo aos agricultores “à calma e à determinação”.

Várias estradas foram bloqueadas na sexta-feira e sábado devido aos protestos, apesar de o Governo ter apresentado medidas de emergência, incluindo uma isenção fiscal sobre o gasóleo agrícola, o compromisso de negociar em Bruxelas a revogação da obrigação de deixar 4% das terras em pousio e a aceleração dos pagamentos da Política Agrícola Comum (PAC), da qual a França é o principal beneficiário, com 9 mil milhões de euros por ano.