É o valor mais alto do desemprego no país desde 2012, quando a taxa começou a ser medida com mais rigor pelo IBGE.

Nos três primeiros meses de 2017, o desemprego saltou 2,8 pontos percentuais frente ao mesmo período de 2016 e 1,7 pontos percentuais em comparação com os dados registados entre outubro e dezembro do ano passado.

O número de desempregados cresceu 14,9% em relação ao trimestre anterior e 27,8% em relação aos meses de janeiro a março de 2016.

A população ocupada, por sua vez, caiu 1,9% face ao mesmo trimestre de 2016 e situou-se em 88,9 milhões de pessoas.

Os dados negativos do mercado laboral refletem a profunda recessão que afeta o Brasil há mais de dois anos. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,6%.

Analistas do mercado financeiro acreditam que o PIB do Brasil vai sair do território negativo este ano e crescer à volta de 0,4%. Para 2018, esperam que a economia brasileira registe uma expansão de cerca de 2,5%.

Apesar dos indicadores macroeconómicos fracos, o Presidente do Brasil, Michel Temer, tem dito publicamente que no segundo semestre é "muito provável" que o desemprego diminua.

O chefe de Estado afirmou que a reforma laboral, ainda pendente no Congresso, irá diminuir os custos laborais no país e, com isto, incentivar a contratação de mais trabalhadores.

Fora do Governo, a reforma laboral é fortemente criticada por sindicatos e movimento sociais, que realizam hoje uma greve geral em todo o país para protestar contra as medidas de austeridade e reformas propostas pelo Presidente brasileiro.

A greve geral começou de manhã e afeta principalmente o transporte público em 25 capitais brasileiras e dezenas de outras cidades.