A decisão do juiz anticorrupção Sérgio Moro foi anunciada pelo procurador de Curitiba (sul), no âmbito de um vasto inquérito sobre a rede de pagamentos ilícitos que envolvem o gigante petrolífero Petrobras.

Eduardo Cunha, membro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), formação a que pertence o atual Presidente da República, Michel Temer, que sucedeu no final de agosto a Dilma Rousseff, foi detido em outubro de 2016.

Cunha, todo-poderoso até há poucos meses, foi suspenso a 05 de maio das suas funções pelo Supremo Tribunal Federal.

Este deputado evangélico ultraconservador, de 58 anos, foi acusado de “mentir” aos seus pares, após negar possuir contas bancárias na Suíça, alimentadas por milhões de reais correspondentes a subornos pagos à margem dos contratos da Petrobras no estrangeiro, segundo indicaram os investigadores.

Personagem extremamente influente, e que federou os setores mais conservadores do parlamento, Cunha representava a “ala dura” do PMDB.