Em comunicado de imprensa, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) justificou que "a dispersão de óleo, por exemplo, pode não deixar dúvidas a respeito do potencial impacto sobre os recifes de coral e da biodiversidade marinha de forma mais ampla”.

A agência ambiental brasileira também ameaçou encerrar o projeto da Total por falta de garantias de proteção dos recifes de coral que existem na região.

"O Ibama realizou neste processo de licenciamento três reiterações do pedido de complementação do estudo ambiental, caso o empreendedor não atenda os pontos demandados pela equipe técnica mais uma vez, o processo de licenciamento será arquivado”, disse a presidente do Ibama, Suely Araújo.

O projeto da petrolífera francesa Total foi fortemente criticado por grupos ambientalistas dentro e fora do Brasil, incluindo o Greenpeace, que até realizou uma campanha internacional contra a proposta.

A exploração de petróleo na área, que seria realizado pelo grupo britânico BP e a petrolífera estatal brasileira Petrobras põe em perigo um recife de coral descoberto em 2016 perto da costa do nordeste do Brasil, na foz do rio Amazonas e o oceano Atlântico, de acordo com os críticos.

O Greenpeace disse que "a atividade de perfuração regular pode, eventualmente, ter um efeito negativo sobre a vida marinha por perturbar as rotas de migração de cetáceos e tartarugas ou danificar os recifes com entulho ou outros efluentes de perfuração".

Em 08 de fevereiro, a Total rejeitou estes argumentos em carta enviada à Greenpeace, garantindo que os poços mais próximos estariam localizados a 28 quilómetros do recife e que a pesquisa pública confirmou a falta de impacto sobre o meio ambiente.