Ao início da noite de terça-feira para hoje, ainda havia "alguns reacendimentos", mas "há pouco mais para arder", relatou à agência Lusa o autarca de Figueiró dos Vinhos, um dos três concelhos do distrito de Leiria mais afetados pelo incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande e que matou 64 pessoas e fez mais de 150 feridos.

"Neste momento (00:30), os esforços estão concentrados no levantamento porta-a-porta das necessidades da população afetada", explicou, frisando que o Governo está "empenhado, em todas as áreas" para que "as ações sejam evidentes a curto-prazo".

"É preciso fazer o diagnóstico, mas ainda não houve muito tempo", vincou, referindo que os levantamentos arrancaram na terça-feira, com equipas da Segurança Social e técnicos da divisão de Ação Social da Câmara Municipal, com o apoio também de corporações de bombeiros.

Segundo Jorge Abreu, "em termos de solidariedade, os apoios são bastantes e suficientes".

No município, já é assegurada água e luz na maioria do concelho, e hoje já foi possível "ter internet", apesar de ainda haver "dificuldades no plano das comunicações", constatou.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.

O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.