“Tivemos o cuidado de verificar a questão dos proprietários e, dadas as dificuldades existentes, tivemos o cuidado de responder, de forma imediata, a esta situação, que carece de uma intervenção célere”, declarou o autarca Carlos Castro, em declarações aos jornalistas no local do incidente.

Neste sentido, a Câmara de Lisboa já está a acionar os mecanismos para “começar tão breve quanto possível a intervenção neste edificado”.

Segundo o vereador da Segurança e da Proteção Civil, a explosão que ocorreu no domingo no número 59A da Rua dos Remédios afetou ainda o prédio vizinho do número 65, pelo que os moradores destes dois prédios só vão poder regressar às habitações quando for feita a intervenção.

No número 59A há o risco de queda da fachada. Já o número 65 sofreu com a projeção da explosão e está a suportar um “peso forte na estrutura”, em que “parte do telhado foi danificada”.

“Neste momento, do ponto de vista da lateral, já há um grande peso, há uma carga significativa no telhado do edifício contiguo e, nesse sentido, é necessário remover essa carga para o outro edifício ter mais condições e depois todo o cuidado de procurar preservar aquilo que é a fachada ou pelo menos fazer uma demolição controlada”, adiantou Carlos Castro, frisando que “se for possível” a intervenção começa já hoje.

Além destes dois prédios, o número 62 também sofreu com a explosão, mas não de forma grave, pelo que os moradores já podem regressar às habitações, avançou o autarca.

A Rua dos Remédios foi cortada ao trânsito e vai continuar “interdita o tempo necessário para que decorra intervenção e o restabelecimento da normalidade”.

“Não iremos abrir a rua sem estar garantida a segurança das pessoas”, declarou o autarca.

Questionado se houve negligência por parte das entidades responsáveis pelo abastecimento de gás, uma vez que vários moradores se queixaram do cheiro a gás, o vereador da Segurança e da Proteção Civil afirmou que é que necessário apurar o que aconteceu.

“De forma objetiva tem que ser apurado o que aconteceu aqui, porque não podem acontecer situações destas. Não consigo dizer com objetividade o que se passou. Temos de facto essas constatações por parte dos moradores, de que havia cheiros de gás, estavam ontem aqui a operar pessoas [das entidades responsáveis pelo abastecimento de gás], mas temos que apurar os resultados daquilo que efetivamente se passou”, sublinhou Carlos Castro, frisando que “as autoridades competentes terão que fazer esse trabalho”.