Os constrangimentos nas linhas Verde e Amarela tiveram início em 15 de abril, tendo sido interrompida a circulação nos troços entre Telheiras e Campo Grande (linha Verde) e Campo Grande e Cidade Universitária (Amarela) a 2 de maio, situação que se prevê só estará normalizada a 7 de julho.

“Os utentes do sistema de transportes públicos da cidade de Lisboa, em particular os oriundos do concelho de Loures, têm sido confrontados, desde 15 de abril (início dos constrangimentos), com o agravamento das dificuldades nas suas deslocações de e para Lisboa”, pode ler-se no texto da moção, apresentada na reunião pública de câmara pela CDU.

A moção insta o Metropolitano de Lisboa a encontrar soluções para estes constrangimentos e exige uma reunião “com caráter de urgência com a empresa.

“A situação da interrupção do metro exige, pois, que o Metropolitano assuma as suas responsabilidades, articulando uma solução de transportes alternativos para dar resposta às interrupções, não apenas com reforço das carreiras da Carris existentes, mas com autocarros específicos entre os troços interrompidos e com a criação de circuitos complementares aos existentes”, é defendido na moção.

Numa conferência de imprensa realizada esta manhã, o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa (ML), Vítor Domingues, anunciou que a linha Verde do metro de Lisboa será reforçada com mais três carruagens e a linha Amarela com mais uma, a partir de 20 de junho, para minimizar os impactos das obras de expansão da rede

Atualmente, a circulação na linha Verde e no troço Odivelas - Campo Grande da linha Amarela é feita com apenas três carruagens, circulando seis em situações de normalidade.

Apesar deste reforço, os troços entre Telheiras - Campo Grande e Campo Grande - Cidade Universitária permanecerão encerrados até 07 de julho. A interrupção começou em 02 de maio, devido às obras de expansão.

A partir das 06:30 de 08 de julho está previsto o retomar da normal circulação em toda a extensão das linhas Verde e Amarela.

A administração do ML anunciou, igualmente, que irá disponibilizar autocarros “vaivém” entre a Cidade Universitária e o Campo Grande nos dias de jogo do Sporting (13 e 21 de maio), no Estádio José de Alvalade, e na Bênção das Fitas (20 de maio).

O ML vai também reforçar as equipas, com pessoal próprio, na estação do Campo Grande e em outras (em que se justifique) para ajudar a circulação das pessoas, para entrada e saída de passageiros das composições.

Os constrangimentos na circulação do metro de Lisboa têm sido alvo de várias críticas por parte de utentes, autarcas e ambientalistas.

No domingo, o PSD anunciou que requereu uma audição urgente da administração do Metropolitano de Lisboa, em sede de comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, face às perturbações que estão a ocorrer e que têm prejudicado milhares de utentes.

Os trabalhos vão possibilitar a ligação dos novos viadutos do Campo Grande à infraestrutura atualmente existente, permitindo a futura entrada em exploração da já anunciada nova linha circular. Serão também instalados “novos aparelhos de mudança de via”, para possibilitar novas ligações entre as estações abrangidas.

Com inauguração prevista em 2024, a nova linha circular, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, irá criar um anel circular no centro de Lisboa e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).