Em comunicado, o município indicou hoje que, na segunda-feira, foi assinada a escritura para a cedência gratuita do direito de superfície do lote de terreno que vai acolher a residência de estudantes em Sines.

“O lote situa-se no Plano de Pormenor da Zona de Expansão Sul-Nascente e tem cerca de 1.500 metros quadrados, destinando-se à construção de uma residência de estudantes com capacidade de 45 camas” e possibilidade de expansão, explicou a autarquia.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) precisou hoje que se trata de um investimento de 1,9 milhões de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O projeto de construção da futura residência estudantil surge no seguimento de um protocolo assinado, em julho de 2021, entre o Município de Sines e o IPS.

O protocolo estabelece “a criação de condições para a instalação de uma escola superior” do IPS naquele concelho.

“A residência enquadra-se nesse processo, sendo essencial para a fixação de estudantes oriundos de outras localizações que queiram fazer os seus estudos na futura escola de Sines”, salientou o município.

Para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, citado no comunicado, trata-se de “um passo muito importante para a consolidação da intenção de abrir uma escola superior do Instituto Politécnico de Setúbal em Sines”.

“Continuamos a trabalhar com o Politécnico de Setúbal e com diversas instituições no sentido de se apresentar uma proposta para [a] escola”, acrescentou.

De acordo com o autarca, “os projetos de investimento em curso criam novas necessidades de qualificação, de fixação de jovens quadros, bem como de formação contínua ao longo da vida”, pelo que “existe a necessidade de fixar na região mais conhecimento e desenvolver os setores da investigação e da tecnologia e desenvolvimento”.

“Uma escola superior em Sines é essencial para atrair mais jovens e para o percurso que as pequenas, médias e grandes empresas estão a fazer”, argumentou.

Segundo a presidente do IPS, Ângela Lemos, este equipamento vai permitir “alojamento a preços acessíveis” aos “atuais estudantes do politécnico que frequentam os cursos técnicos superiores profissionais e aos futuros estudantes da escola superior de Sines”.

O futuro equipamento disponibilizará ainda “preços regulados para estudantes nacionais carenciados e deslocados” e irá “criar oportunidades de alojamento para estudantes internacionais”, adiantou a responsável, citada no comunicado.

“O alargamento do Politécnico de Setúbal ao litoral alentejano permitirá apoiar o desenvolvimento da sub-região do Alentejo Litoral e de Sines em particular”, assegurando “a formação e qualificação de recursos humanos, para responder às necessidades do tecido empresarial existente e dos vários investimentos previstos para a região”, concluiu.

De acordo com a autarquia, “a obra da nova residência encontra-se adjudicada”, prevendo-se o arranque da construção no início do próximo ano.