O presidente da Comissão Europeia, salientou Moedas aos jornalistas, mostrou que "se não estamos unidos, não iremos longe, a primeira mensagem é a realidade".

O Livro Branco sobre o futuro da União Europeia (UE), hoje apresentado no Parlamento Europeu por Juncker, indica que "são as pessoas que fazem escolhas", salientou o comissário.

"Esta é uma maneira diferente de fazer política, hoje em dia tem que ser feita com as pessoas e o que fizemos hoje aqui foi apresentar caminhos e as consequências desses caminhos", acrescentou.

"É um momento importante para todos nós, o de decidir o que queremos, como cidadãos, que seja a Europa", disse.

Com o Livro Branco hoje apresentado, considerou também, torna-se claro "que a Europa não pode fazer muito daquilo que as pessoas pensam".

Moedas lembrou um exemplo apresentado por Juncker no seu discurso, o do desemprego juvenil, sendo que "99% dos orçamentos para resolver este problema estão na mão dos Estados-membros e não da Comissão".

O presidente da Comissão Europeia propôs hoje cinco cenários para o debate sobre o futuro da UE a 27, sendo o primeiro o de assegurar a continuidade do trabalho feito até aqui.

No segundo cenário, a UE restringe-se ao mercado único, enquanto no terceiro se propõe que faça mais os Estados-membros que querem fazer mais.

O quarto cenário, a UE irá fazer menos, mas com maior eficiência e o quinto resume-se no lema fazer muito mais, todos juntos.

O livro branco é o contributo da Comissão Europeia para a Cimeira de Roma, que tem lugar no dia 25, momento em que a UE irá debater as realizações dos últimos 60 anos mas também o seu futuro a 27.

Prevê-se que a Comissão Europeia, juntamente com o Parlamento Europeu e os Estados-membros, irá organizar uma série de "debates sobre o futuro da Europa" em várias cidades e regiões de toda a UE.

Em setembro, no discurso do estado da União, Juncker irá desenvolver as ideias debatidas, prevendo-se que possam retirar-se as primeiras conclusões durante o Conselho Europeu de dezembro.

Assim, poderá ser decidida a linha de atuação a seguir, a tempo das eleições para o Parlamento Europeu de junho de 2019, tendo Juncker apelado a que os grupos políticos voltem a apresentar os seus candidatos à presidência da Comissão Europeia.