Com cerca de 12 páginas A4, o texto está dividido em quatro partes, anunciou o porta-voz da Conferência Episcopal, Manuel Barbosa, referindo que esta, que tem como título "Fátima sinal de esperança para o nosso tempo", será divulgada no final desta semana.

"A carta tem como objetivo convidar-nos a viver este acontecimento com alegria e a reavivar a permanente atualidade da mensagem de Fátima, na revitalização da nossa fé e também do compromisso evangelizador para as nossas vidas e comunidades", acrescentou Manuel Barbosa, sublinhando que se trata de um texto "para refletir" e não "para ler apenas os títulos".

A primeira parte da carta centra-se numa breve história do acontecimento centenário de Fátima. "Numa segunda parte, recorda a bênção fecunda que a mensagem de Fátima tem para a Igreja e para o mundo como dom e ao mesmo tempo como interpelação. Um terceiro momento, um pouco mais longo, realça alguns aspetos essenciais da mensagem de Fátima como dom e convite para vivê-la na nossa vida", adiantou o porta-voz da Conferência Episcopal.

Segundo Manuel Barbosa, o documento "recorda a atitude de adoração - centrando o olhar no Deus, que é a Trindade - de contemplação, da compaixão, do anúncio, da ternura e da misericórdia de que Maria, Nossa Senhora ícone" e "convida à conversão, tudo a confluir para a identificação com Cristo".

"Na última parte deste texto, que é para leitura e meditação, aponta Fátima numa perspetiva de futuro para a Igreja, para Portugal e para o Mundo, sempre na dimensão da evangelização, acentuando o rosto materno da Igreja à luz da mensagem de Fátima e também o anúncio profético da misericórdia e da paz", disse ainda.

Manuel Barbosa salientou que "evangelização" é a missão da Igreja, pelo que "está bem vincado ao longo de toda a mensagem".

Na reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa foram ainda abordados os temas para a assembleia e para as jornadas pastorais.

"Será organizada uma manhã sobre a pastoral penitenciária, o cuidado que a igreja e todas as suas instituições devem ter por esta forma de pastoral, no acompanhamento, sobretudo naquela fase de saída da prisão" e "a igreja tem um papel importante e uma proximidade junto de todas essas pessoas que estão numa situação de fragilidade".

A comissão episcopal vai preparar "esse tempo de reflexão", não só para ver "o estado da questão", mas "para ver como é que a Igreja em Portugal pode estar mais atenta e fazer algo mais dentro da sua missão e - que o Papa Francisco nos interpela continuamente de estarmos atentos e próximos de todos, em particular daqueles que são mais excluídos".

A questão dos incêndios também será objeto da assembleia. "Esta preocupação e disponibilidade [Igreja] para cooperar na prevenção destas calamidades, mas sobretudo para promover uma nova cultura também na sociedade", acrescentou.

"Continuar o discernimento e a formação da consciência moral será um tema forte para as jornadas pastorais", que se realizam em junho, rematou.