A notícia avançada pela SIC Notícias detalha que também voltaram a ser chumbadas as audições de Marta Temido e Lacerda Sales, a pedido do Iniciativa Liberal, bem como a audição dos pais das gémeas, pedida pelo Chega.

Apesar destes chumbos vão ser ouvidos o atual ministro da Saúde, a pedido do PSD e o presidente do Infarmed, a pedido do Chega.

Recorde-se que o caso em que o filho do presidente está envolvido remonta a 2019, quando duas crianças gémeas residentes no Brasil que, entretanto, adquiriram nacionalidade portuguesa vieram a Portugal receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, com um custo total de quatro milhões de euros, segundo o divulgado pela TVI, em novembro.

O assunto está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e é objeto de uma auditoria interna no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, que já entregou documentação à PGR sobre o assunto e confirmou que o seu filho o contactou sobre a necessidade de tratamento das crianças, negou ter tido qualquer intervenção no processo.

Entretanto, a TVI soube ainda que Nuno Rebelo de Sousa terá tentado intervir num negócio entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Banco de Brasília. O objetivo seria explorar possíveis apostas em dinheiro no país.

Este negócio foi anunciado em abril, mas a provedora da Santa Casa da Misericórdia cancelou o acordo em outubro. Ana Jorge disse não querer perder mais dinheiro.

Antes deste contrato ter sido recusado, o filho do presidente terá ainda proposto um encontro entre Ana Mendes Godinho e o presidente do Banco Brasileiro. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garante ter recusado o convite, segundo a investigação do canal.