Naquela que foi a sua primeira entrevista após o referendo independentista de domingo passado, Puigdemont indicou que o governo regional catalão “vai agir no final desta semana ou no início da próxima”.

Ainda em declarações à BBC, Carles Puigdemont considerou que “seria um erro que mudaria tudo” se o governo de Madrid decidisse intervir e assumir o controlo do executivo da Catalunha.

Também descreveu como “muito dececionante” a reação da União Europeia (UE) à repressão exercida pelas forças policiais durante o referendo de domingo.

O líder catalão falou à BBC momentos antes do rei de Espanha, Felipe VI, ter feito uma declaração institucional, transmitida pela televisão, em que acusou “determinadas autoridades” da Catalunha de “deslealdade” institucional e de terem uma “conduta irresponsável”, totalmente à margem do Direito e da Democracia.

Felipe VI frisou que tinha decidido dirigir-se “diretamente aos espanhóis” porque se estão a “viver momentos muito graves para a vida democrática” do país.

Apesar da repressão policial, 42% dos 5,3 milhões de eleitores catalães conseguiram votar e 90% deles fizeram-no a favor da independência, de acordo com a Generalitat.

A consulta popular foi agendada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.

A intervenção policial para impedir a realização do referendo sobre a independência da Catalunha no domingo fez 893 feridos, segundo as autoridades regionais.

O Parlamento Europeu vai realizar na quarta-feira um debate de urgência sobre a situação na Catalunha.

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