O Tribunal Constitucional tinha um prazo máximo de cinco meses para ratificar ou levantar a suspensão, tendo decidido em menos de 10 dias.

O pleno do tribunal decidiu ainda denunciar por desobediência às suas sentenças a ex-presidente do parlamento da Catalunha, Carme Forcadell, e dois membros da Mesa, o órgão dirigente do parlamento regional.

Estas foram as medidas solicitadas pelo governo espanhol no seu recurso relativo à declaração secessionista.

A Declaração Unilateral de Independência da Catalunha foi aprovada numa votação secreta por 70 votos a favor, 10 contra e duas abstenções, depois de mais de meia centena de deputados terem abandonado o hemiciclo em desacordo com a iniciativa.

Carme Forcadell e outros cinco membros da Mesa estão convocados para se apresentarem na quinta-feira no Supremo Tribunal para prestar declarações sobre os presumíveis crimes de rebelião e sedição, entre outros.

No dia em que foi aprovada a declaração de independência, o governo de Mariano Rajoy (Partido Popular, direita), apoiado pelo maior partido da oposição, o socialista PSOE, decidiu a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o governo catalão.

Entretanto, a Audiência Nacional (tribunal especial espanhol) decretou a prisão incondicional para oito ministros regionais demitidos e a justiça espanhola emitiu mandados europeus de detenção para os membros do executivo regional deposto, incluindo o presidente Carles Puigdemont, que não se apresentaram para prestar declarações.