Em nota de imprensa divulgada hoje, o CCB explica que a 10 de outubro haverá uma apresentação pública do “procedimento público internacional” para celebrar um “contrato de subcessão [sublocação] do direito de superfície” dos terrenos dos módulos 4 e 5, para se construir e explorar um hotel, lojas e escritórios por um período de 65 anos.

O CCB, inaugurado há trinta anos, tem atualmente três módulos – Centro de Reuniões, Centro de Espetáculos e Centro de Exposições -, retomando agora o processo para a construção dos restantes dois módulos, que deve seguir a linha arquitetónica do edifício assinado pelos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado.

Em 2018 chegou a ser lançado um concurso internacional, que não foi finalizado por causa “das alterações drásticas causadas pela pandemia”, lê-se no ‘site’ oficial.

Em 2021, numa apresentação da programação cultural à imprensa, o presidente da fundação CCB, Elísio Summavielle, lembrou que ainda chegou a estar em fase de negociação um contrato com a construtora Mota Engil, que acabou por não ir avante.

“Os terrenos estavam legalizados, as tutelas definidas, foi lançado o concurso internacional e estava um candidato em fase de negociação, mas começou a pandemia e desistiu”, clarificou Summavielle.

Na página ‘online’, o CCB explica que a autarquia de Lisboa aprovou em março passado o “Pedido de Informação Prévia” e que estão disponíveis 23.000 metros quadrados de “superfície de pavimento”.

Para enquadrar a construção dos dois módulos, a fundação lembra que este é um “projeto estratégico para a vida da fundação e da cidade de Lisboa”, que “tem sido promovida como uma cidade ‘trendy'” e escolhida por “personalidades de diversas indústrias”, como “Madonna, Monica Bellucci, Christian Louboutin, Eric Cantona, Michael Fassbender, Nicole Kidman”.

A fundação considera ainda que nos últimos anos ocorreu uma revitalização e reabilitação de vários projetos na zona de Belém e que se alterou o perfil dos habitantes, “para uma classe média-alta, alta e casais jovens com filhos”.

A apresentação pública a 10 de outubro do denominado “CCB – New Development 2023” contará com intervenções de Elísio Summavielle, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.