Em declarações aos jornalistas no parlamento, Telmo Correia afirmou que, ainda hoje, o partido pedirá esclarecimentos ao Governo, considerando “inconcebível” que este setor tenha ficado excluído em abril do pagamento de aumentos estabelecido para a função pública.

“De entre todos, se alguém não poderia falhar neste aumento neste momento são os que estão na primeira linha a tratar dos doentes e combater esta pandemia. É um falhanço inacreditável e só pode ser compreendido à luz de uma incompetência inexplicável”, afirmou.

O CDS-PP vai também entregar um projeto de resolução – uma recomendação ao Governo – para que o executivo pondere atribuir aos profissionais, “designadamente aos da saúde” que se encontram na linha da frente do combate à pandemia “uma remuneração extraordinária, ainda que simbólica”.

Telmo Correia salientou que este prémio simbólico “não é inédito” e foi dado em países como França, Alemanha e Suécia, mas escusou-se a quantificar qual poderia ser o valor a praticar em Portugal, remetendo essa definição para o Governo.

“Não será uma remuneração única, simbólica, que agradecerá todos o esforço, todo o risco, todo o stress que estão a passar, mas é um sinal, mais do que as palmas, do reconhecimento de todos nós”, justificou.

A resolução do CDS-PP recomenda ainda ao Governo que “pondere definir e atribuir uma majoração no pagamento das horas extraordinárias” aos profissionais na “linha da frente do combate à pandemia, designadamente aos profissionais de saúde”.