"Este é um momento que possibilitará, a breve prazo, uma série de notícias positivas, como seja a subida nos ‘ratings', a revisão das metas do crescimento. Não faria sentido que, perante uma oportunidade destas o país não a aproveitasse", defendeu João Almeida.

O porta-voz e deputado centrista argumentou que o programa eleitoral do PSD e do CDS-PP previa a devolução de rendimentos e a trajetória de redução do défice e que, "se há coisa que se vê com este objetivo atingido, é que o PS, no essencial, manteve o que vinha de trás, apesar de uma retórica que agrada ao BE e ao PCP".

"O dia de hoje é um dia que tem muito mais a ver com os partidos que anteriormente estiveram no Governo do que com o PCP e o BE, como é evidente", declarou, defendendo que é aos portugueses que se deve o resultado, mas sublinhando, contudo, o orgulho dos centristas em terem partilhado a governação numa altura em que se tomaram medidas difíceis.

"É um orgulho que estará sempre como tributo ao esforço dos portugueses, porque foi isso que permitiu que o objetivo fosse atingido", frisou.

O CDS defendeu a ideia central de que "esta oportunidade não pode ser desperdiçada" e que Portugal não só não pode voltar a passar pela situação que levou à assistência financeira, mas deve, "de uma vez por todas", ter "um crescimento sustentado e uma situação económica diferente", uma "situação de finanças públicas diferente".

Tal deve acontecer "aproveitando, não só, a saída do procedimento por défice excessivo, que é relevantíssimo, mas também o facto de os principais parceiros comerciais estarem a crescer, o facto de o petróleo estar com valores muito baixos, o facto de o BCE manter um programa de compra de dívida", sustentou João Almeida.

Em suma, o porta-voz centrista considerou que Portugal beneficia "da melhor conjuntura que existiu até hoje", para crescer de forma sustentada.

João Almeida não recusou o mérito do atual Governo, sublinhando sempre a natureza das medidas mais difíceis que o executivo PSD/CDS-PP teve de tomar, herdando uma situação mais desfavorável.

"Esta boa notícia deve-se a todo país, e tem, naturalmente, também, o mérito dos governos, o anterior e o atual, que, politicamente, conduziram a situação do país de forma a que fosse possível atingir esse objetivo", declarou.

A Comissão Europeia recomendou hoje ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o encerramento do PDE aplicado a Portugal desde 2009.

Bruxelas defendeu também que Portugal deve garantir que a correção do défice excessivo é duradoura e que "serão necessárias mais medidas a partir de 2017" para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Portugal terá, assim, de "prosseguir o seu esforço orçamental em linha com as exigências do braço preventivo do PEC, o que implica um esforço orçamental substancial em 2018", acrescentou o executivo comunitário.

[Notícia atualizada às 14:22]

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