No Martim Moniz, como já sucedeu noutros pontos do país, cumpriu-se mais uma jornada da Semana de Solidariedade com o Povo Palestiniano, sob o lema “Paz no Médio Oriente. Palestina independente”.

Já com a noite instalada, chuva pouco intensa, camioneta-palco, luzes e altifalantes, um vídeo, dezenas de pessoas aceitaram o desafio e deitaram-se ou sentaram-se num amplo espaço coberto com plástico, muitas com lençóis brancos salpicados de vermelho, numa alusão às “vítimas do genocídio” na Faixa de Gaza.

No grande quadrado em redor, quem ficou de pé exibia faixas, bandeiras palestinianas, cartazes. “Fim à agressão. Paz no Médio Oriente”: “Reconhecer os direitos nacionais da Palestina”, com a marca da Juventude Comunista Portuguesa, a juventude do Partido Comunista Português (PCP); “Palestina vencerá”, ou uma frase mais arrojada “Não ao nazi-sionismo, 75 anos de genocídio. Palestina Livre”.

Na concentração, pessoas de todas as idades, mas com predominância acima dos 50 anos, muitos e muitas com lenços palestinianos, que acorreram à convocatória das organizações promotoras: CGTP- Intersindical Nacional, Comité Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Movimento pelos direitos do povo palestiniano e pela paz no Médio Oriente (MPPM) e Projeto Ruído – Associação juvenil.

Ao som de música palestiniana, ecoa a primeira palavra de ordem “Palestina vencerá!”, pouco antes da chegada de Mariana Mortágua e Paulo Raimundo, líderes do Bloco de Esquerda e do PCP, que decidiram juntar-se ao acontecimento.

Uma palestiniana com um vestido tradicional de noiva discursa em inglês e dessa forma homenageia uma amiga que diz ter sido morta no dia do casamento pelos bombardeamentos israelitas em Gaza, iniciados um dia após o ataque surpresa do movimento islamita Hamas em 7 de outubro e que se prolongaram até 24 de novembro. Tudo antes do início da mobilizadora “ação artística”, como foi depois anunciado.